sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Poema: O Pai Natal

          O Inverno pressente-se muito perto...
       Que partilhamos algum do nosso calor,
           Pese embora, de achermos, decerto,
       Os Íntimos arrefecidos nesse peito aberto,
     São expostos à neve branca de muita cor,
       Está disfarçada de vermelho impostor,
           É quase santo demasiado esperto,
       O bonachão dos pais donos da riqueza,
       O padrasto de mimo das mães coberto,
     O Pai Natal cheio de negro e frio interior,
      É esquecido dos pobres com fria crueza,
     Deixandos os embrulhos vazios à pobreza,
    O sonho é todos os dias com Fé e de fervor,
       A inocência colorida de crer sonhador,
         A receber aquele mentiroso senhor,
       A única prenda da inocência indefesa,
     Um simples desejo de receber o Amor!...

      Afinal, o diabo do barbudo muito lindo,
      Trás as coca-colas cheias de desejos consumados,
        No suor dos verdadeiros Pais que foi consumindo,
       Entra no coração aliviado a rir é na tristeza sai rindo,
      E tudo que dá é nada dos pobres coitados!...

           Algures um menino pobrezinho,
       Ri embrulhado de um calor de felicidade,
      Está abraçado aos Pais felizes cheios de carinho!...
Publicado por Notícias de Portugal

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