quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Poema: O Duplo, O Soneto, O Português, O Fantoche e o Invertido

         Sem a vergonha e vergonhosos!...
        Manipulam-se, e são manipulados,
     São presos entre os fios dos criminosos;

          Sem a vergonha, são encavados!...
      Baixam as suas calças, de silenciosos,
           Antes dos bolsos esvaziados,

          É novo o desenho do novo mapa!...
           Uma plena fábrica de fantoches,
       Que desarticulam Portugal da socapa,
    São presos pelos fios, que fazem broches,

      Portugal é uma verdadeira saudade!...
        Apagou-se o desenho da memória,
        Vão-se os velhos e fica a mocidade,
         Vai-se o orgulho, vai-se a história,

       São os fios que manipulam a glória!...
          Os destroços caídos em memorial,
   São manietados com os fios da vitória!...

    Todos os fantoches e são pejados do cio,
       Toda as violações e numa orgia total,
          Os fios que movem de modo fatal,
       Os movimentos sem alma sem brio!...

            Os fantoches são para exportar,
           Os fios são a importação imposta,
             É o fantoche que têm de pagar;

      Que ficam as perguntas sem resposta,
          À resposta não há que perguntar,
        Não há perguntas e o povo gosta!...
Publicado por Notícias de Portugal

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