Se não houver o orgulho que mate,
Com esta covardia que anda a matar,
Seremos os cúmplices desta terrível dislate,
Que nos deixamos morrer sem combate,
Quando vemos os nossos filhos suplicar,
Tudo que sabemos é definhar,
Deste estado de abate!...
Somos o que dizemos não ser,
As lesmas pálidas coladas nos ossos,
Somos os retratos moles dos nossos olhos,
Dos rostos impávidos que fingimos não ver,
Tudo que fazemos é deixarmo-nos morrer,
São abraçados dos filhos que já foram nossos!...
Há um brilho intenso,
É esquecido bem no fundo de ti,
A tua alma é prisioneira do consenso,
É consensual cárcere do teu medo imenso,
Há uma chave de ouro fechada em ti,
Abriu as portas do contra-senso,
Do carcheio de um Judeu que ri!...
De que tens medo,
De apontar o dedo,
Da tua imprópria vida,
Já sabes que estás perdida,
Resta o segredo,
Da tua honra ferida?!...
Publicado por Notícias de Portugal
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