Quando os miseráveis inchados de maldade,
Se soubessem o bem que, da maldade, o fazem,
Que teriam o orgulho no limpo reflexo da sua bondade,
Em vez da imagem miserável que consigo trazem!...
Á sua passagem, abrem-se as veredas dos espinhos,
Fazem-se o caminho até aos lábios cerrados do abismo,
Mordem-se os seus dentes de apertado egoísmo,
Quando espreitam a queda de todos os vizinhos,
Que evaporou-se a pura água benta do seu baptismo,
Não os empurrem, eles caem sozinhos!...
Por maldade,
Tanto bem que fazem,
Esvaindo-se de bondade,
Que consigo não trazem!...
Publicado por Notícias de Portugal
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