quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Poema: A Fonte Eterna

                  ... quando a tua fonte secar,
         Que beberei toda a sede que deixares,
             Sou a tua fonte de onde vai brotar,
          Toda a nossa insaciável sede de amar,
           E, tão sedenta de mim, de me amares,
        Que seremos a fonte de todos os lugares,
            Serás a minha água e o meu saciar!...

                Nada espero os rios incansáveis,
              Nada peço à fúria das águas doces,
            Somos o sal dos mares inalcançáveis,
               E, fosses a tua água que não fosses,
           Seremos as tuas águas inseparáveis!...

          E quando as todas as fontes brotarem,
   Que serão os teus doces lábios, todas as bicas,
    Para os meus lábios, os teus lábios beijarem,
     Que serás toda a água que de mim ficas!...

                   ... quando secar a nossa fonte,
         A nossa água fresca continuará a correr,
    Lembras-te da tua primeira água eu beber?...

  Que continuas fresca nascente no cimo do monte,
  Flutuam os nossos beijos da água sob a fonte,
  Onde nos debruçamos para a água nos ver!...
Publicado por Notícias de Portugal

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