... quando a tua fonte secar,
Que beberei toda a sede que deixares,
Sou a tua fonte de onde vai brotar,
Toda a nossa insaciável sede de amar,
E, tão sedenta de mim, de me amares,
Que seremos a fonte de todos os lugares,
Serás a minha água e o meu saciar!...
Nada espero os rios incansáveis,
Nada peço à fúria das águas doces,
Somos o sal dos mares inalcançáveis,
E, fosses a tua água que não fosses,
Seremos as tuas águas inseparáveis!...
E quando as todas as fontes brotarem,
Que serão os teus doces lábios, todas as bicas,
Para os meus lábios, os teus lábios beijarem,
Que serás toda a água que de mim ficas!...
... quando secar a nossa fonte,
A nossa água fresca continuará a correr,
Lembras-te da tua primeira água eu beber?...
Que continuas fresca nascente no cimo do monte,
Flutuam os nossos beijos da água sob a fonte,
Onde nos debruçamos para a água nos ver!...
Publicado por Notícias de Portugal
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