domingo, 23 de julho de 2017

Poema: A Ponte das Pedras firmes do Rio

                  As minhas pedras silenciosas,
             Tanto que resistis às águas mansas,
       Tu, minha doce água que não te cansas,
        Passaste pelas margas línguas furiosas,
   Tão vivas as vossas memórias grandiosas,
 No coração das memórias sem lembranças,
As Pontes erguidas sobre as pedras saudosas!...

               São as tuas estas minhas estórias,
As recordações sobre as tuas águas estagnadas,
    Flutua a nostalgia das minhas memórias,
Não me lembro as comprometidas promissórias,
Nem as outras dívidas de muitas águas passadas,
           Devo-te as minhas silenciosas glórias,
Os barquitos de papel sobre as águas paradas,
       A Ponte das recordações obrigatórias!...

                Devo-te tudo que nada me deves,
Atrevo-me a nadar à volta das tuas velhas águas,
Pergunto-me, como as todas as pedras, tu atreves,
Por ser a pedra firme do teu rio de tantas mágoas,
Publicado por Notícias de Portugal

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