Já ninguém leva a mal,
Quando de pobre mendigo,
Carrega a pobreza consigo,
Jura ter sido a figura presidencial,
Aquando presidente de Portugal,
Até podia ter enriquecido!...
Mas não!...
O seu enorme coração,
É tão generoso altruísmo,
Fez-se de maior simbolismo,
Entregou-se da solidária doação,
A filantropia católica da vocação,
O combatente do capitalismo!...
Eu já fui presidente!...
Declara de pobre sem abrigo,
É sempre longe do seu umbigo,
A cicatriz nobre do pobre diferente,
O dono da verdade quando mente,
O cereal rico de joio confundido!...
Já foi presidente, sim senhor!...
Que confirma de tristeza a Maria,
A outra face do seu rico amor,
Discípula no seu rico professor,
A sua mendiga e fiel companhia,
O voluntário sacrifício de carestia,
De pobre pedinte de igual valor!...
Pensem os cínicos deslizes,
Não querem parecer de coitadinhos,
São pobrezinhos mas felizes!...
Destes santos mendigos são por vezes,
A esmola dada à sorte merecida deste Povo,
O sebastianismo milagroso de pobres Portugueses,
A quem da Democracia pouco trouxe de novo!...
Publicado por Notícias de Portugal
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