A queda do arlequim mirabolante,
O que, é divertido, nos fez rebentar de cansaço,
A gargalhada que ergueu o circo do outro palhaço,
Gritando, as vogais roucas de uma consoante,
Que rasgam as goelas dum histrião hesitante,
Derivar a revolta é o frágil ameaço,
A partir os pés de barro degradante!...
Todos riram da anunciada desgraça,
Todos choraram chalaças de tanto rir,
E o palhaço ainda nos ameaça,
O palhaço que ainda está para vir!...
Muitos morrerão do riso,
Muitos palhaços rirão até morrer,
Poucos compreenderão o aviso!...
Publicado por Notícias de Portugal
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