Nunca tinha visto uma verdadeira galinha,
Os ovos saborosos são pequenas caixinhas ovais,
De uma incrível engenharia perfeita como as demais,
O branco é da galinha que põe uma fácil adivinha,
Era o cavalo branco de Napoleão em toda a linha,
Os brancos colarinhos longe de galinácios nacionais!...
O papel-moeda que era filigrana das obras de arte,
A moeda que era um ante querido de precioso metal,
Os cunhos das cunhadas das esposas em parte,
As cunhadas na testa os que sofreriam um enfarte,
São traídos pelo valor de um irmão desigual,
A confiança é dada à consignação pelo bom comensal,
O Senhor da antecipada prestação do seu baluarte,
É pago pela esposa do irmão como o primeiro sinal!...
São todos os despojados do que nunca tiveram,
Protegem o cu da galinha com as unhas e os dentes,
Os ovos já não são que os arquitetos fizeram,
Os almoços fáceis dequeles que nunca tiveram,
A canja dos pobres e os caldos das galinhas inteligentes,
Estes que esqueceram as penas onde estiveram,
Estavam eles da importância do caviar cientes!...
Agora os velhos tempos novos,
Não é novo ver por aí em cada passo,
As velhas terras que alimentam o espaço,
As gordas galinhas a chocarem os ovos,
No torrão do suor debaixo do braço!...
Publicado por Notícias de Portugal
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